quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cozinha....Partituras de alguns instrumentos




Afoxé e Xequerê

Som do afoxé e o xequerê em formato mp3
O afoxé e o xequerê tradicional são cabaças, logo existem em diferentes formatos e tamanhos devido a serem feitos de um material natural. Certos estilos musicais requerem tipos e tamanhos específicos desses instrumentos. O formato mais comum dos afoxés consiste numa cabaça redonda que se afunila para formar um tipo de cabo. Eles têm contas de plástico trançadas à sua volta amarradas com cordas ou fios. Os xequerês normalmente são maiores e produzem um som mais forte – especialmente no tom grave obtido com a palma da mão tocando o maior lado da cabaça. Muitas cabaças feitas atualmente têm cabos de madeira e pequenas contas de metal, e produzem um som bem diferente do original. Apesar disso essa versão moderna do instrumento já foi incorporada em vários estilos brasileiros. Existem tantas maneiras de se tocar as cabaças quanto as variedades em que elas podem ser encontradas. Um dos modos seria a mão direita segurar o cabo e girar a cabaça, enquanto a mão esquerda segura as contas – obtendo-se assim a fricção delas contra o corpo da cabaça. O deslizamento das contas quando a cabaça é girada produz acentos e ritmos. Outro método envolve sacudir a cabaça e tocar tons com a palma da mão no corpo do instrumento. Um terceiro som é obtido segurando-se a cabaça reta e sacudindo-a para frente e para trás, produzindo notas curtas e agudas.




Agogô

Som do agogô em formato mp3
O agogô é um instrumento feito com um par de campanas conectadas por uma haste de metal. Também existem conjuntos de 3 ou 4 campanas. Elas são usualmente afinadas em intervalos de terça, seguradas em uma das mãos e tocadas com uma baqueta pela outra. Uma vez iniciado o ritmo o padrão é em geral mantido constante, exceto em situações menos tradicionais, onde a improvisação de variações funciona bem.






Atabaque
Som do atabaque em formato mp3
Atabaques são tambores de origem afro-brasileira, nativos do candomblé e de outros estilos relacionados e influenciados pela tradição africana Yoruba. Seu uso tradicional era na música ritual e religiosa, empregados para convocar os Orixás – as divindades do candomblé. Atualmente alguns estilos contemporâneos do norte também o utilizam em sua música. O atabaque é tocado com as mãos, com duas baquetas, ou as vezes com uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado. Outros instrumentos de percussão genéricos (como congas e bongos) são comuns para o samba, baião, e outros estilos contemporâneos como o jazz brasileiro e o funk. Atualmente é normal ouvir adaptações de ritmos brasileiros para esses instrumentos.




Caixa
Som da caixa em formato mp3
O uso da caixa em estilos afro-brasileiros têm suas raízes nos desfiles militares portugueses. Ela encontra seu papel principal nas marchas, batucadas, e outros estilos do carnaval, apesar de ser também incluída em diversas outras formas de música. A caixa faz parte integrante da escola de samba.





Caxixi

Som do caxixi em formato mp3
Caxixis são cestos entrelaçados enchidos com pequenas contas, conchas, pedras ou feijões. Por serem feitos à mão eles existem em vários formatos e tamanhos. Originalmente o caxixi era usado com o berimbau na música de capoeira, mas hoje ele é encontrado criando ritmos e cores em diversos estilos.



Chocalho e Ganzá

Sons do chocalho e ganzá em formato mp3
Chocalhos são feitos com canos de metal ou de plástico, ganzás são feitos de pequenos cestos entrelaçados. Como esses cestos são geralmente feitos à mão, eles existem em diferentes tamanhos e formatos, assim como os instrumentos de metal. São enchidos com areia ou pequenas pedras. Muitas vezes 2 ou 3 canos são acoplados para um som mais forte, necessário por exemplo para uma escola de samba desfilando no carnaval.







Cuíca
A cuíca é um instrumento das quais as origens são menos conhecidas do que os outros instrumentos afro-brasileiros. Ela foi trazida ao Brasil por escravos africanos Bantú, mas ligações podem ser traçadas à outras partes do nordeste africano, assim como à península Ibérica. A cuíca era também chamada de "rugido de leão" ou de "tambor de fricção". Em suas primeiras encarnações era usada por caçadores para atrair leões com os rugidos que o instrumento pode produzir. Existem muitos tamanhos de cuíca, e embora seja geralmente considerada um instrumento de percussão ela não é percutida. Encaixado na parte de baixo da pele está uma haste de bambu. O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, e os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele mais altos serão os tons obtidos. Um toque mais leve e menos pressão irão produzir tons mais baixos. A extensão tonal da cuíca pode chegar a duas oitavas. Os tons produzidos tentam imitar a voz na forma de grunhidos, gemidos e guinchos, e podem estabelecer assim um ostinato rítmico. Depois de integrada no arsenal percussivo brasileiro, a cuíca foi tradicionalmente usada por escolas de samba no carnaval, mas atualmente é também encontrada no jazz contemporâneo e em estilos funk e latinos.





Pandeiro


Som do pandeiro em formato mp3
O pandeiro é um instrumento que requer considerável técnica para ser tocado. Ele é muitas vezes destacado como instrumento solista em escolas de samba, assim como em grupos contemporâneos onde há a participação de um percussionista. Solos tradicionais de carnaval incluem truques teatrais como deslizar o pandeiro ao longo das costas e girá-lo na ponta dos dedos. Um músico de nome João Machado Guedes é considerado o responsável pela introdução do pandeiro nas escolas de samba. Pandeiros podem ter peles de couro ou de plástico. Eles existem em diferentes tamanhos, com os de 10 e 12 polegadas sendo os mais comuns. As peles de couro produzem uma qualidade de som melhor, mas apresentam problemas de afinação causados por alterações climáticas, logo as peles de plástico são mais encontradas. O pandeiro é segurado por uma das mãos, enquanto a ponta dos dedos, o polegar e a base da outra mão são usados para tocar a pele do lado de cima. Os tons abertos e fechados podem ser obtidos através do uso do polegar ou do dedo médio da mão que segura o instrumento. O polegar pode abafar a pele do lado de cima, o dedo médio pode abafar o lado de baixo.






Reco-reco

Reco-recos são feitos de caixas de metal com sulcos cortados na parte de cima ou tubos de metal com molas estendidas ao longo de sua extensão. Eles são amplamente usados em escolas de samba. São tocados através do deslizamento de uma baqueta de metal ou madeira contra as molas ou sulcos.





Repinique

Som do repinique em formato mp3
O repinique (também chamado de repique) é um tambor pequeno com peles em ambos os lados, tocado com uma baqueta em uma das mãos enquanto a outra mão toca diretamente sobre a pele. Freqüentemente ele serve como uma espécie de condutor musical das escolas de samba, anunciando "deixas" para o grupo. Ele é também destacado como instrumento solista, as vezes tocando introduções para sambas ou solando em batucadas.






Surdo

Som do surdo em formato mp3
O surdo é um tambor em forma de barril feito de madeira ou metal, com peles em ambos os lados. As peles podem ser de couro animal ou de plástico. Ele é tocado com uma baqueta em uma mão e com os dedos e a palma da outra mão. A baqueta têm na sua extremidade feltro ou couro animal natural, e possivelmente algum material de enchimento cobrindo a ponta de madeira. Enquanto uma mão toca o tambor com a baqueta, a outra abafa e/ou toca ritmos de suporte em torno do pulso principal. Surdos são tradicionalmente usados em escolas de samba, cada escola tendo em média de 25 a 35 unidades na sua bateria.







Tamborim

Som do tamborim em formato mp3
O tamborim é tocado com uma baqueta de madeira fina ou uma baqueta de plástico com 3 pontas. Os dedos da mão que está segurando o tamborim são usados para abafar o lado de baixo da pele, obtendo-se assim notas abertas e fechadas. Em escolas de samba diversos tamborins são tocados em uníssono para orquestrar passagens rítmicas.