terça-feira, 10 de março de 2009

Capoeireiro - Capoeira, Pernada & Tiririca na Terra da Garoa

Crônica sobre Capoeira, com algumas informações sobre a Pernada de Sorocaba e a Tiririca da capital paulista, ambas uma espécie de "capoeira primitiva" do Estado de São Paulo
 
Jornal do Capoeira - www.capoeira.jex.com.br


 
Nota do Editor:
 

  À convite da Tribuna Metropolitana - um jornal quinzenal que circula nas zonas norte e sul da capital - tenho escrito algumas crônicas para uma coluna cujo título é Capoeireiro. O objetivo tem sido o de compartilhar informações e pontos de vistas sobre nossa Capoeira. No mês de Julho de 2005 publicamos uma crônica sob o título "Capoeira, Pernada & Tiririca na Terra da Garoa". Com o lançamento do Documentário "Pernada em Sorocaba - Ginga Pela Arte...Ginga Pela Sobrevivência", previsto para ocorrer dia 19 de Novembro de 2005 na Cidade de Sorocaba (SP), achei por bem republicar tal crônica também em nosso Jornal. É o que faço agora.

                Capoeiristicamente,

                Miltinho Astronauta


CAPOEIREIRO

Capoeira, Pernada & Tiririca na Terra da Garoa
Por Miltinho Astronauta - Julho/2005

Nota da Tribuna Metropolitana

Foi com imensa satisfação que inauguramos esta coluna Capoeireiro. Percebemos que amantes da prática da Capoeira - seja enquanto cultura, seja como esporte ou educação - já estão até colecionando nossas edições quinzenais. A seguir, respondemos algumas questões enviadas à nossa Redação: 1) nosso colunista desenvolve um trabalho de pesquisa do fenômeno da Capoeira em nosso Estado (Interior, Capital e Vale do Paraíba); 2) existe um projeto em andamento para cadastrar os mestres e capoeiras - dos mais antigos aos jovens mestres - das diversas regiões da Capital: Zona Oeste, Zona Leste, Zona Norte, Zona Sul e Centro; 3) interessados em colaborar com este projeto (Coletânea da Capoeira em São Paulo) podem escrever para nossa Redação, ou então enviar e-mail para o nosso Colunista. Como se diz na Capoeira, "vamos dar a Volta ao Mundo, Câmara...".

Outro dia, recebi uma carta eletrônica (e-mail) muito elogiosa sobre as duas primeiras edições de nossa recém-inaugurada coluna CAPOEIREIRO. Lá pelas tantas, nosso interlocutor perguntou: "Existiu, realmente, Capoeira em São Paulo antes da chegada dos baianos e cariocas na década dos 60?". De pronto lembrei-me de um corrido do Contra-mestre Pernalonga (Márcio Lourenço de Araújo), que hoje ensina em Bremen, Alemanha. "O meu barco virou / lá no fundo do mar / Se eu não fosse angoleiro / Eu não saia de lá". Foi exatamente assim que me senti. Ou seja, se não estivesse amparado por documentos, lá estava levando minha rasteira.

De pronto, resolvi então trazer à público uma abordagem interessante que fiz sobre uma forma de "Capoeira a Lá Paulista". Confesso, estava guardando o texto que ora apresento para um livro que estou escrevendo sobre a Capoeira de São Paulo. Mas para não deixar de "entrar na chamada" de nosso amigo Leitor, vamos então ao fio da meada.

1. CAPOEIRA GANHA O MUNDO

Hoje percebemos que o mundo todo se entregou aos encantos de nossa Capoeira. Ousaria dizer que nenhum esporte e/ou prática cultural levou tanto de um povo à outras nações como é o caso de nossa Capoeira.

Por exemplo, aqui no Brasil, praticamos o Box, o Judô e o Caratê, mas ninguém fala o inglês ou o japonês por conta disso. Dança-se o Balé e o Tango, mas não existem motivos para se especializar em Francês ou Espanhol.

Mas com a Capoeira é diferente. Por conta dela o português falado no Brasil tem sido falado em mais de 150 Paises. É isto mesmo! Segundo a Federação Internacional de Capoeira (FICA), presidida pelo Prof. Dr. Sérgio Vieira, nossa Capoeira já caminha para a segunda centena de paises onde a prática já faz parte do "cardápio" anual de eventos culturais e desportivos.

É até compreensível nosso português sendo falado neste "mundão de Deus", uma vez que seria muito superficial praticar a Capoeira sem, por exemplo, compreender o real sentido de uma Ladainha, de um Corrido ou de uma Chula.

Ao mesmo tempo em que percebemos nossa Capoeira expandindo-se, dando sua magistral "Volta ao Mundo", observa-se que mais e mais os praticantes (nacionais e principalmente do estrangeiro) estão buscando conhecer a verdadeira - e mais completa quanto possível - história da Capoeiragem.

2. CAPOEIRA, FOLCLORE & DINÂMICA

Prosa e Samba

É fato que a Capoeira praticada em nosso Estado de São Paulo é fruto de um trabalho de resistência e divulgação realizado por mestres baianos e cariocas, vindos para cá a partir da década dos 50. Embora, sendo justo registrar que a grande maioria chegou entre meados dos 60 e início dos anos 70.

Em nossa Crônica Inaugural apresentamos o depoimento em livro do Folclorista Alceu Maynard Araújo (1967) atestando que levas de capoeiras foram soltas nas pontas dos trilhos (na cidade de Botucatu, entre 1890 e 1920, supostamente). Pelo depoimento, podemos inferir que Capoeiras (vindos da Capoeira Carioca) já perambulavam por nosso Estado, no final do século XIX e início do século XX.

Por falar em Capoeira Carioca, todo bom estudioso da cultura popular sabe que as manifestações raramente ocorrem em regiões de forma isolada geográfica e temporalmente. Tanto é que Mestre Edison Carneiro (excelente folclorista!) fez questão de deixar bem claro no título de um de seus livros (Dinâmica do Folclore), que tudo acontece dinamicamente. Em alguns casos manifestações se fundem, resultando em novas manifestações. Por exemplo, com a proibição da Capoeira em Pernambuco, aliado a questões político-social da época, resultou-se nosso Frevo! O bom capoeira sabe perceber que a "malícia" do bom "frevista" está ligado à ginga de um bom Capoeira. E é isto que eram no passado: capoeiras. No Rio de Janeiro, a perseguição à capoeiragem (que, funcional e socialmente não é o mesmo que capoeira) resultou na Pernada Carioca. Digamos que era a Capoeira que não se chamava Capoeira, mas que tinha a eficiência da mesma, tanto enquanto luta, como também como lazer.

3. PERNADA, TIRIRICA & CAPOEIRA PAULISTA

Em São Paulo também tivemos nossa "Capoeira primitiva". Recentemente o historiador Carlos Carvalho Cavalheiro e o capoeira-pesquisador Joelson Ferreira têm se dedicado a estudar a Pernada de Sorocaba (interior paulista). Na essência, essa forma de manifestação tem todos os ingredientes básicos de nossa Capoeira: cantos (corridos e desafios); negaças; golpes desequilibrastes (rasteira!) etc. Em breve teremos um excelente documentário sobre o assunto. Aguardem.

 Além da Pernada de Sorocaba, na Capital Paulista, tivemos também uma outra "espécie de capoeira": a TIRIRICA. Aparentemente, tudo indica que, com a repressão de algumas manifestações (ai inclui-se a Capoeira, o Batuque e até mesmo a Religião Candomblé), o povo era obrigado a mascarar suas práticas, mudando formas de execução e nome de tais práticas.

A Tiririca Paulista era um misto de Capoeira com Samba. Era, então, uma capoeira com ritmo (diferente da Capoeira Utilitária do Paulista-Carioca Mestre Sinhozinho - Agenor Sampaio), mas sem a presença do Berimbau. Tinha canto de pergunta e resposta, e "jogava-se" ou "lutava-se ludicamente" em Roda.

Sobre esta "espécie de capoeira" (assim se referiam a ela os "mais antigos" da Terra da Garoa) temos alguns depoimentos relevantes gravados no Centro de Estudos Rurais (CERU) e Museu da Imagem e Som (MIS), ambos da Universidade de São Paulo (USP). Em São Paulo podemos encontrar ainda alguns praticantes remanescentes ou contemporâneos de praticantes, que acompanharam a TIRIRICA em seu auge (décadas dos 30 aos 50). Para dar uma dica, para quem estiver interessado em saber sobre a Tiririca, os bons nomes são Oswaldinho da Cuíca, Toniquinho Batuqueiro e Seu Nenê da Vila Matilde.

 O Próprio Mestre Ananias - renomado mestre da capoeira angola baiana - que chegou pela capital entre 1950 e 1960, vivenciou alguns momentos da Tiririca pelas bandas do Brás; Largo da Banana, ou mesmo pelas Praças da Sé e da República (reduto de muitos sambistas, tiririqueiros e capoeiras). Mestre Ananias é grande conhecedor de Samba de Raiz e de Capoeira. Eu arriscaria dizer que uma das cantigas que só ouvi mestre Ananias cantando (É tumba, menino é tumba...) pode ter sido "colhida" durante sua vivência com alguns praticantes da Tiririca. Faço tal suposição baseado em um documentário de Mestre Geraldo Filme (também cantador de Samba, e que conviveu com exímios jogadores de Tiririca), que em depoimento para o MIS, lá pelas tantas, soltou a letra da música que comento acima:

 

"É tumba, menino é tumba

É tumba pra derrubá

Tiririca faca de ponta

Capoeira quer me pega

Dona Rita do Tabulêro

Quem derrubou meu companheiro

...

Abra a roda minha gente

Que o Batuque é diferente

(coro)

Abra a roda minha gente

Que o Batuque é diferente"

Será que a origem é a mesma (Rodas de Tiririca)?



Miltinho Astronauta dedica-se, de forma independente, ao projeto "Coletânea da Capoeira em São Paulo". O projeto conta com a colaboração de alguns pesquisadores, dentre eles Raphael Pereira Moreno e Carlos Carvalho Cavalheiro. Para obter mais informações, acesse o Jornal do Capoeira (on line) www.capoeira.jex.com.br ou escreva para miltinho_astronauta@yahoo.com.br . A foto de Mestre Ananias é de Autoria de Adilene Cavalheiro.

Dez Discos do Samba Paulista

Retirado da Revista ZINGU

Por Matheus Trunk


“São Paulo, tu és o meu amor
Ontem tinha bonde
Hoje tem metrô”


(trecho da canção São Paulo e Seus Poetas de Astrogildo Silva e Marques Filho gravado originalmente por Noite Ilustrada no discoSamba Sem Hora Marcada de 1974 pela Continental Discos)


Aqui uma pequena seleção de dez grandes artistas da música popular que tiveram a “paulicéia desvairada” como palco de suas vidas e obras. Preferi não incluir compositores consagrados nos meios intelectuais e acadêmicos como Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini para falar sobre personagens mais esquecidos.

Mauricy Moura - Roteiro Noturno - Continental (1955)
Além do samba tradicional, as noites da capital paulista foram palco de grandes intérpretes de seresta, valsa e samba-canção. Durante muitos anos, a voz aveludada de Mauricy Moura (1926-1976) foi referência nesses gêneros. Apesar de ser um extraordinário artista, Mauricy tinha uma personalidade muito forte. Talvez por isso, gravou somente dois discos: Coquetel da Vida e este Roteiro Noturno. Neste trabalho, demonstra um pleno domínio de um repertório bastante sofisticado de compositores como Orestes Barbosa, Wilson Batista, Lupicínio Rodrigues e principalmente de seu ídolo Sílvio Caldas.




Germano Mathias - Ginga no Asfalto - Odeon 
(1962)
Mandusca, Barra Funda, Catedrático do Samba e Marlon Brando do Pari são apenas alguns dos apelidos de Germano Mathias. Com uma carreira artística de 55 anos, o sambista paulista gravou diversos discos e fez um enorme sucesso. Um de seus melhores discos é este Ginga no Asfalto, gravado no auge de sua carreira pela Odeon. A capa já fala por si: de terno azul claro e sapato branco, o malandro paulistano desfila pelo centro da cidade. Neste disco, Germano consegue elevar o samba sincopado a patrimônio cultural em canções que colam no ouvido como Maria EspingardinaMulher Por AcasoBaile do Risca FacaLar Sem Pão e Requebrado Diferente. Obra-prima indispensável em qualquer coleção de discos de samba.


Jorge Costa - Samba Sem Mentira - Copacabana (1968)
Inexplicavelmente, o alagoano Jorge Costa (1922-1995) permanece esquecido. Extremamente talentoso, suas canções eram disputadas por artistas como Germano Mathias, Noite Ilustrada, Jair Rodrigues, Ângela Maria e até mesmo Nelson Gonçalves. A noite de São Paulo era seu habitat natural. Segundo a contracapa do disco, Jorge sempre era achado nas “boates e inferninhos paulistas”. O forte deste genial compositor eram os sambas sincopados como CastigueiFalso Rebolado e Baile do Risca-Faca. Como cantor, Jorge gravou dois raros LPs: este Samba Sem Mentira (1968) e Jorge Costa e Seus Sambas (1973). Samba Sem Mentira reúne canções sobre questão social (Inferno Colorido e Maria Simplicidade), dor-de-cotovelo (Não Me InteressaBandeira da Paz e Chave do Coração, esta última em parceria com José Domingos), candomblé (Tamborete da Vovó) e uma verdadeira obra-prima da canção popular (Triste Madrugada).

Nerino Silva - Deixe Comigo - RCA Victor (1968)
Sambista radicado na paulicéia bastante conhecido nos anos 50 e 60. Seu maior sucesso foi a canção bem-humorada Minha Sogra. Chegou a participar ao lado de Germano Mathias em uma cena do filme O Preço da Vitória (1959) de Oswaldo Sampaio. Infelizmente, Nerino gravou pouco e praticamente não existem informações sobre sua carreira. Seu álbum mais conhecido é este Deixe Comigo gravado na major RCA Victor em 1968, com uma capa psicodélica. No repertório, canções de Zé Kéti (Amor de Carnaval), Lupicínio Rodrigues (Dona Divergência) e Gordurinha (Súplica Cearense).





Noite Ilustrada - Não Me Deixe Só - Continental (1978)
Mário de Souza Marques Filho (1928-2003) é um dos maiores cantores da história da música brasileira. Com o pseudônimo de Noite Ilustrada, ele se tornou o imperador das noites paulistanas. Ele era o rei das boates Meninão, Jogral, Pierrot, Lé-Bar-Bar, Kings Bar e Capitan´s Bar. Seu nome era sinônimo de grandes apresentações, profissionalismo e de sambas bem cantados. Difícil é escolher um único disco deste grande mago da canção. Selecionei o emocionante Não Me Deixe Só, lançado originalmente em 1978 pela gravadora Continental. No lado A, Noite fala sobre a questão social (As Flores do Mal), regrava um sucesso do passado (Idade de Fazer Bobagem), comenta os imprevistos da vida (Atalhos) e homenageia o mestre Ataulfo Alves (Homenagem). No lado B, faz dueto com Hebe Camargo para homenagear a amiga Isaurinha Garcia (no pot-porri Mensagem e A Outra Mensagem), faz referência a uma casa de boas moças do Nordeste (Dona Maria Boa) e fala sobre a solidão (Não Me Deixe Só e Ai! Que Saudades da Casa Amarela).

José Domingos - Quando Eu Me Chamar Saudade - Chantecler (1979)
Cantor de grande talento, José Domingos sempre recebeu pouco reconhecimento pela crítica especializada.Quando Eu Me Chamar Saudade é seu segundo LP que contou com produção de Luiz Mocarzel e arranjos do maestro Aluísio Pontes. Além de conter músicas próprias do cantor (como Mais Uma Vez AdeusQuem Sabe de MimGarrafa Vazia e Chave do Coração, esta última em parceria com Jorge Costa) este belo disco contém sambas de compositores consagrados como Ataulfo Alves (Caminhando), Paulo Vanzolini (Praça Clóvis e Ronda), Dora Lopes (Pedra Noventa) e Nelson Cavaquinho (Quando Eu Me Chamar Saudade). Este trabalho de José Domingos é um passeio pelas boates e bares da São Paulo dos anos 60 e 70. Absolutamente imperdível.

Geraldo Filme - Geraldo Filme - Estúdio Eldorado (1980) 

A importância de Geraldo Filme (1928-1995) para o samba de São Paulo é semelhante a importância de Cartola para o samba do Rio de Janeiro. Amigo de personalidades como o poeta Solano Trindade e o dramaturgo Plínio Marcos, Geraldão da Barra Funda sempre foi um líder entre os bambas da paulicéia. Sua paixão pela Vai-Vai está eternizada em dois verdadeiros hinos da escola como Tradição e Silêncio no Bexiga, ambas presentes neste disco. Outras grandes canções do LP: História da CapoeiraVai Cuidar da Sua Vida e Reencarnação. Uma pena que um monstro sagrado da música brasileira como Geraldo Filme tenha gravado tão pouco.



Kazinho - O Samba Como Ele É - Popular Brazil (19??)
O paraense Oscar Azevedo dos Santos, o Kazinho é um dos grandes compositores do samba paulistano. Durante muitos anos, ele fez canções para nomes como Ciro Monteiro, Demônios da Garoa, Germano Mathias, Noite Ilustrada e Ari Lobo. Infelizmente, a vida e a obra deste verdadeiro Nelson Cavaquinho do Itaim Paulista permanece esquecida. Pouca gente sabe, mas ele gravou um raríssimo e belo LP com seus maiores sucessos. Além das divertidas Estou a Zero e Deu a Louca na Nega, Kazinho relembra sua terra natal em Saudade do Pará e reclama dos amores mal resolvidos em obras-primas como Meu Tipo, Meu Viver e especialmente Eu e a Saudade Pela Rua. Na edição original, não consta a data de lançamento do disco.


Osvaldinho da Cuíca - Osvaldinho da Cuíca Convida Em Referência ao Samba Paulistano - Rio 8 Fonográfico (2006)
Belíssimo trabalho do “embaixador do samba paulista” Osvaldinho da Cuíca. Este CD contém somente canções de sua autoria. Para este trabalho, ele contou com a participação especial de artistas como Demônios da Garoa, Jair Rodrigues, Aldo Bueno, Elizeth Rosa, Dedé Paraízo, Quinteto em Preto e Branco e Thobias da Vai Vai. Destacam-se do excelente repertório músicas como Minha VizinhaDitado Antigo,Barra Funda e Hino da Velha Guarda.





Velha Guarda do G.R.C.E.S. Unidos do Peruche - Memória do Samba Paulista - Sambatá (2008)
Com caprichada produção de T. Kaçula e Renato Dias, Memória do Samba Paulista é o primeiro registro em CD da Velha Guarda da Unidos da Peruche. Contando com canções de bambas como Geraldo Filme e Carlão do Peruche, o repertório demonstra que dentro das escolas paulistanas existem grandes e esquecidos compositores. No Rio de Janeiro, velhas-guardas de inúmeras escolas de samba mereceram diversos álbuns. Em São Paulo, a maioria das escolas paulistanas não ganharam nenhum registro sonoro.

Bibliografia utilizada:

Contracapas de discos e filmes:

- Contracapa do disco Samba Sem Mentira de Jorge Costa, Copacabana Discos, 1968.

- Contracapa do disco Quando Eu Me Chamar Saudade de José Domingos, Chantecler, 1979.

- Documentário Geraldo Filme de Carlos Cortez (1998)

- DVD Ginga no Asfalto de Germano Mathias- Lua Discos (2008)

Livros:

- ANTÔNIO, João. Abraçado ao Meu Rancor. São Paulo: Cosac & Naïfy, 2006.

- BORELLI, Hélvio. Noites Paulistanas: Histórias e Revelações Musicais das Décadas de 50 e 60. São Paulo: Arte & Ciência, 2005.

- JOANIDES, Hiroito. Boca do Lixo. São Paulo: Edições Populares, 1978.

- MACIEL, Paulo Viana. Noite Ilustrada: de Pirapetinga Para o Brasil. São Paulo: Milesi, 1980.

- RAMOS, Caio Silveira. Sambaexplícito: As Vidas Desvairadas de Germano Mathias. São Paulo: A Girafa, 2008.